1 de mar. de 2011
Cisne Negro: A loucura pela perfeição
CISNE NEGRO. Aí está um filme memorável, que mexe com as estruturas emocionais e intelectuais de qualquer espectador.
A história é contada sob a ótica da personagem Nina Sayers, que em busca da perfeição, trava uma guerra consigo mesma e dá vida ao lado "cisne negro" que dorme dentro de si.
Assutadoramente belo, o filme retrata a solitária e dolorosa vida de uma bailarina que desconhece o prazer, que não tem privacidade e que vive aprisionada à meninice. É inebriante e perturbador. Nos confunde, nos deixa com dúvidas e nos intriga: afinal, quem são seus inimigos de fato? A mãe, super-protetora? Lily, a nova bailarina da companhia? A pressão dos ensaios? Tudo ao mesmo tempo?
A jornada sensacional em busca dessas respostas somos nós, o público, que fazemos. Nina não quer respostas, nós as queremos.
Com tudo isso, o filme encerra mostrando que o caminho em busca da perfeição é imperfeito e que tal destino não existe.
Tomara consigamos trazer um pouco dessa lucidez para nossas vidas, quando estamos como Nina, ainda que em significativa menor intensidade, nos tentando provar e aprovar todo o tempo, o tempo todo.
Geralmente por razões erradas, tolas ou vazias.
"Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?" (Jó 11:7)
Conheça seus limites, respeite-os e confie em Deus. A perfeição vem d'Ele, com Ele, por Ele.
Sem Deus, ficamos como as Ninas do mundo: perdidos na própria busca, obcecados e céticos, crendo no poder do trabalho, À TODO CUSTO.
ASSISTA AO FILME, e reflita sobre isso.
Sempre, Top of The Pops.
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Maravilhoso, tremendo, chocante. EU AMEI CISNE NEGRO. Achei que ia ganhar de "O Discurso do Rei", mas pelo menos deu a Natalie Portman, o Oscar de Melhor Atriz. Realmente o filme mexe com vc. não poderia ser diferente.
ResponderExcluirBelo texto.
Que texto lindo. Sou evangélica e percebi as mesmas coisas que vc no filme. que ela tentava ser perfeita, quando a perfeição só está em DEUS. Acho o filme tocante e arrogante.
ResponderExcluirAdorei muito a sua crítica, a melhor que eu já li até agora!
Sensacional, assustador.
ResponderExcluirEu gostei do teu texto. A gente precisa aprender a trazer essas coisas pras nossas vidas. Perrmitir que o desejo incessante por ser perfeitos nos domine, é sinônimo de baixa auto-estima. E isso a Nina tinha demais.
eu achei isso pelo menos. Pq ela foi ter prazer com uma garota? talvez se achasse "fragil" demais para um homem. questão de auto-estima em baixa.
parabéns pelo blog em geral!
Ótimas analogias, Rachel, mas o filme eu achei horrível.
ResponderExcluirEntendi o que se passou, as lutas internas da Portman, mas não me atraiu em nada. Graças a Deus ela ganhou o Oscar que mereceu pela atuação incrível.
Muito bom o seu texto, embora eu tb não tenha gostado muito do filme. Muito confúcio hehehhe.
ResponderExcluirTipo, ela esfaqueou (com a lixa) ou não a beth?
Mas o caso é que, de fato, não podemos ficar obcecados pela perfeição como a Natalie ficou, temos que confiar no destino, em Deus, em algo, que não seja só nosso braço.
Adorei. Parabéns!
Um clássico. Uma obra de arte inigualável.
ResponderExcluirEu amei Cisne Negro.
E claro, não podemos, não devemos nos submeter à tortura e ao descontrole em prol de um objetivo. O que pode valer mais do que a nossa sanidade?
Adoro o seu ponto de vista e sua crítica arredondada. "Redondinho" o seu texto, como gostamos de falar! rs.
Como sempre; teus textos vem bem à calhar!
ResponderExcluirAdorei tua percepção, adorei tua sinopse e ainda mais, a simpatia e o carinho das tuas considerações finais.
Abraços.