Seria muito elegante e demonstração de segurança e até uma dose de vaidade, se eu dissesse que eu te escolhi. Mas, não... Não foi!
Foi você que me escolheu.
Foi sua simplicidade e a decisão de puxar papo comigo naquele vagão, naquela noite, há quatro anos...
Ele disse: Oi, você tava dormindo?
Ela disse: Nada, quem dorme essa hora?
Ele disse: Então vem sentar aqui com a gente, vamos conversar.
Ela disse: Hummm, tudo bem. (E ela iria desprezar um convite à CONVERSA?)
E assim, sob o céu estrelado visto pelas enormes janelas do enorme executivo, eles travaram seu primeiro diálogo.
Falo de nós na terceira pessoa porque soa mais bonito.
Hoje, ele está CRAVADO no coração dela, e eles nem sabem o porquê, só sabem que começou naquela noite...
Bem longe daqui!
