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27 de jul. de 2009

Essa dor me consumia


E então, quando me dei conta estava ali, sozinha no meu quarto, onde as luzes não podiam entrar, onde o silêncio era o maior dos ruídos...
Senti medo, frio, calor, temor, minha garganta estava seca, e os passos descompassados do meu coração ditavam o ritmo frenético da minha agonia: dor.
Uma mistura de calor com frio = calafrios, me jogou nocauteada sobre a cama. Naquele momento, em gemidos, comecei a chamar minha mãe, que jamais poderia me ouvir, diante de tão fraca voz... Meu corpo todo parecia comprimido por uma força externa, alheia, devoradora...
O que quer que eu fizesse, o movimento que fosse, me causava ainda mais dor, porque era algo que crescia dentro de mim, patologicamente falando.
Quando as minhas lágrimas, e o esforço para fazê-las caírem, começaram a adentrar nesse calvário de dores, não por escolha, mas por desfalecência, as retive.
Já sem ter forças até pra chorar, me lembrei, de uma pessoa que sempre ajuda nessas horas.
Uma amiga minha me havia comentado sobre esse cara.
Me reestabeleci, tirei o moletom que usava - mesmo com a temperatura de 30º que fazia no ensolarado domingo - entrei numa calça Jeans, passei uma água no rosto, peguei a chave do carro e fui falar com ele. Por um instante, minhas dores haviam anestesiado. Era como se eu estivesse inerte. Ao chegar, fui recepcionada por uma bela moça de olhar cravejante e cabelos bagunçados. Ela me disse que eu não precisava de senha e que não existiam filas por ali:
- Pode entrar Raquel.
Foi o que ela disse.
Sentei em uma cadeira confortável, e logo ouvi uma música suave invadir a sala. Uma mistura de luzes claras banhava o meu rosto. Senti um cheiro delicioso de amêndoas com hortelã. Como era bom estar ali.
- Qual o problema Raquelzinha?
O tal sujeito estava ali, na minha frente me perguntando qual era o problema... Só que eu não conseguia responder simplesmente porque... NÃO ME LEMBRAVA!
Epa, era a dor! A dor que eu tava sentindo desde sábado que me levara até lá. A dor que me consumiu por toda a madrugada e se alastrou pela manhã do meu domingo... A dor que ao invés de atenuar, aumentava com o passar de cada milésimo de segundo...
- Nenhum Senhor. Acho que tudo o que eu precisava era só de um tempinho aqui com você. Obrigada, já estou de saída.
- Espere! - ele me segurou pelas mãos - Leve isso com você! - e me entregou um frasco com... SANGUE!


SANGUE???


Acordei de repente! Havia delirado de tanta dor em cima da minha cama. Percebi que a dor que me consumia realmente havia diminuído. Ainda estava de moletom. Minha mãe entrou no meu quarto e me ajudou a levantar da cama, em seguida meu irmão e minha cunhada me auxiliaram com alguns exercícios, enquanto meu pai ia à farmácia comprar remédios para atenuar a dor... Que não estava mais ali...
Esse sujeito, Jesus, foi quem realmente colocou a mão sobre a minha dor... Me lembro que comecei a orar, pouco antes de desfalecer... E quando tudo passou, quando de fato acordei, lembrei-me que Ele deixou o frasco de sangue... Mas o que seria isso?
Biblicamente, o sangue é sinal de cura... Ele deixou seu sangue vazar na cruz, pra curar justamente nossas doenças, chagas, feridas, dores...
ENTENDI O RECADO MEU AMIGO!
Lembrei-me que ouvi algo sobre aplicar o sangue dele em todo o tempo, em nossas vidas...
-
Ainda estou chocada com tudo isso... Ainda estou extravasando minha perplexidade com a veracidade da presença dele na minha vida... É real...


Sempre, Top of the Pops.

21 de jul. de 2009

Acoorda meninaaa!!!



Alô Brasil! Resolvi dar um basta, um grande e resoluto BASTA nesse luto chato que tenho vivido há algumas semanas...
Sabe quando tudo à sua volta parece extremamente complexo e árduo de se conviver? Quando parece que o mundo vai desabar na sua cabeça?

DEIXA DESABAR!!!! Essa mania de querer evitar o sofrimento só nos faz sofrer mais, por antecipação...

Me cobram mais do que posso oferecer? Paciência, vou corresponder ao que posso. Me exigem firmeza e discernimento? Vou ser firme enquanto puder e discernir o que for capaz... Não vou adotar o martírio (que eu mesma já mencionei por aqui) como estilo de vida...
Eu hein... Eu sou mais eu! Respondendo a mim mesma no post abaixo, É FATO, NÃO POSSO, NÃO DEVO, E NEM SOU OU SEREI INFELIZ...
Descobri que tenho limites, e talvez minha maior tristeza nos dias anteriores, tenha sido a decepção de descobrir que não sou perfeita... Ó.
Então é isso... Viva a vida! Viva o verde! E se não for esse o caminho, se não der desse jeito... Ficarei feliz em saber que Deus me indicará outro caminho, me ensinará outra maneira de chegar LÁ!!!


Ele tá no negócio!!!


Sempre, Top of the Pops!!!

14 de jul. de 2009

Olhos chorosos


Definitivamente, há dias em que por mais que você relute, você não consegue driblar a carência, que teima em se apossar de suas emoções...
Seria tão bom vir até aqui escrever quão resistentes e poderosos podemos ser em momentos de dor, de angústia...
Mas a verdade, é que eu não consigo...
Meus olhos não conseguem esconder minha frustração... Meus lábios estão prestes a me entregar, a cada vez que começo a falar e eles titubeiam...
Sinto uma tristeza profunda, sobretudo pelo fato de não poder sentí-la. Sabe como é né? Sou "inteligente, saudável, com uma família que me ama..."
Tudo o que eu queria nesse momento era apenas ir pra longe... Ir pra um lugar em que fôssemos só eu e o Senhor... Pra evitar exatamente o que está ocorrendo neste momento... Misturar palavras com lágrimas...
Viver a plenitude do amor d'Ele, sem precisar caminhar no deserto antes disso... Esquecer por um instante que sou falha, errônea, imperfeita, humana... Me enxergar de uma outra dimensão... Como alguém que é capaz de sair do próprio corpo e voar...
Então eu poderia ver minha mesa, meus documentos, minhas planilhas, minhas incumbências, meus medos e decepções ficando pequenininhos, enquanto eu mergulharia no infinito da paz sem fim...

Sempre, Top of the Pops...

10 de jul. de 2009

A culpa é minha!

Desculpem, mas não resisiti à ideia de criar um post sobre o infindável tema: DE QUEM É A CULPA?
(I-relevante).
Afinal, é sabido, por todos, que há desigualdades no mundo. Todos os dias, nos deparamos com pessoas, ou notícias de pessoas carentes, cujas vidas necessitam de amparo, assistência.
Certo, até aí, nada de impressionante.
Mas a reflexão que quero propôr é: DE QUEM É A CULPA PELAS DESIGUALDADES? E não me refiro apenas às desigualdades socias... Falo sobre tudo: divergências políticas, diferenças (e intolerâncias) religiosas, acepções e exclusões de diferentes naturezas.

DA SOCIEDADE, que blablabla...

Não! Não mesmo! Não podemos, nem devemos, usar esse clichê filosófico para eternizar esse jogo de empurra, entre problema e afetado, entre fome e faminto, entre opressão e oprimido.
Devemos minimizar ao máximo o uso da ideia plural. Por exemplo substitua:
-
"A NATUREZA ESTÁ SE DEGRADANDO", por "CADA SER HUMANO CONTRUBUI PARA A DEGRADAÇÃO DA NATUREZA" ou ainda "EU CONTRIBUO PARA A DEGRADAÇÃO DA NATUREZA".

O quero dizer é que quando o problema deixa de ter proporções globais e passa a ter proporções individuais, então os elementos que corroboram para sua existência, são evidenciados.
Ora, se passássemos a avaliar os problemas de nossa sociedade, desde sua origem, e atribuindo a cada indivíduo, a responsabilidade por cada um deles, certamente, iríamos perceber que é muito mais uma questão pessoal do que social.
Particularmente penso como Weber, que se contrapunha às ideias de Marx, assumindo que a sociedade não é apenas uma “coisa” exterior e coercitiva que determina o comportamento dos indivíduos, mas o resultado de inúmeras interações interindividuais.
A sociedade não é aquilo que pesa sobre os indivíduos, mas aquilo que se veicula entre eles.
Vamos parar de culpar o "todo", a sociedade, a igreja, a polícia, o crime, a corrupção... Façamos uma avaliação sincera e profunda a partir de nós mesmos, pra que em seguida, possamos observar o que nossas ações INDIVIDUAIS, podem causar em CONJUNTO.

Certamente dessa forma, seremos menos hipócritas, menos alheios, menos subjetivos e muito, muito mais HUMANOS.

Sempre, Top of the pops.

8 de jul. de 2009

Oi amiga NAJA!


Dissimulação, segundo o Houaiss significa: disfarce, fingimento, simulação.
Preciso confessar: Tenho convivido diariamente com pessoas tão absurdamente dissimuladas, que só de pensar no conceito nojoso dessa palavra, já sinto náuseas.
Particularmente, acredito que a dissimulação, redunda na ocultação da intenção real, para acometer a VÍTIMA de surpresa e claro, não trazer prejuízos socias a quem o faz.
Seria mentira dizer que não me sinto tentada a extrapolar o bom senso, e dizer poucas e boas a estas pessoas, mas preciso, OH EU PRECISO, ser diplomática…
Ás vezes a vida tem muito disso mesmo… Como num jogo de video-game, passamos por fases, e geralmente só conseguimos vencer o adversário seguinte, com as habilidades e armas que adquirimos com o adversário já derrotado.
É chocante e repulsivo nos darmos conta de que em um ambiente de trabalho, algumas vezes estamos em meio a um campo de batalha, cujas armas com maior grau de periculosidade são sorrisos e perguntas inofensivas (??) do tipo: "Que horas você vai sair hoje?".
A Bíblia nos diz que: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!". Jeremias 17:5.
Ainda bem que o próprio Deus já deixou a dica:

FIQUE DE OLHOS BEM ABERTOS, OUVIDOS AGUÇADOS E PRINCIPALMENTE – DE BOCA FECHADA.


Infelizmente, é preciso reconhecer que boas doses de sangue frio, são necessárias pra manter a sociabilidade no ambiente…
Só não extrapolemos nossos princípios em nome dessa sociabilidade, ou poderemos nos tornar ótimos profissionais, com uma péssima saúde mental, emocional, e até física...

Sempre, Top of the pops.

1 de jul. de 2009

Memórias Póstumas

Morreu Farrah Fawcett... Belíssima atriz que aformosou os já iluminados anos setenta.
A bela travou uma luta contra o câncer havia três anos, mas, nesta quinta-feira, 25 de Junho, a luta acabou.
Para alguns, supõe-se que ela tenha perdido a batalha, mas pra mim, ela conquistou SIM a vitória, o descanso, o sossego...
É claro que ninguém quer deixar de viver...
É claro que alguém que esbanjou beleza e saúde no auge de seus vintes e poucos anos jamais se visualizaria lutando contra um maligno câncer anal, que insistiu e "devorou" por assim dizer seu fígado, seus rins, sua vida...
Mas admitir que tal fatalidade na vida de Farrah, comprova seu fracasso, é tolice.
Ela brilhou, e incendiou com seu brilho... Marcou sua geração, ditou moda, criou o próprio estilo, espalhou seu corte de cabelo pelos continentes e arrebatou milhões de corações por onde passou...
Farrah, que inclusive teve sua morte "ofuscada" pela morte do também astro Michael Jackson, deve ser lembrada, não como a bela garota de corpo dourado que perdeu uma luta covarde contra o câncer, tampouco como a senhora que teve o último beijo de seu filho algemado, enquanto agonizava no leito de morte... NÃO!!!
Que ela seja lembrada, como a mulher que sonhou em ser conhecida e alcançou... Que lutou até o momento que Deus permitiu, esbravejando o desejo de viver, gritando aos ventos o amor à vida e conseguiu... Como a bela pantera que não se acovardou nem mesmo diante de seu pior inimigo, isto é, o medo.
Morrer nem sempre é perder...
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Bem aventurados os que choram, pois eles serão consolados...
Em respeito a Farrah Fawcett, deixo um:
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FARRAH, VOCÊ É VERDADEIRAMENTE Sempre, Top of the Pops.