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10 de jul. de 2009

A culpa é minha!

Desculpem, mas não resisiti à ideia de criar um post sobre o infindável tema: DE QUEM É A CULPA?
(I-relevante).
Afinal, é sabido, por todos, que há desigualdades no mundo. Todos os dias, nos deparamos com pessoas, ou notícias de pessoas carentes, cujas vidas necessitam de amparo, assistência.
Certo, até aí, nada de impressionante.
Mas a reflexão que quero propôr é: DE QUEM É A CULPA PELAS DESIGUALDADES? E não me refiro apenas às desigualdades socias... Falo sobre tudo: divergências políticas, diferenças (e intolerâncias) religiosas, acepções e exclusões de diferentes naturezas.

DA SOCIEDADE, que blablabla...

Não! Não mesmo! Não podemos, nem devemos, usar esse clichê filosófico para eternizar esse jogo de empurra, entre problema e afetado, entre fome e faminto, entre opressão e oprimido.
Devemos minimizar ao máximo o uso da ideia plural. Por exemplo substitua:
-
"A NATUREZA ESTÁ SE DEGRADANDO", por "CADA SER HUMANO CONTRUBUI PARA A DEGRADAÇÃO DA NATUREZA" ou ainda "EU CONTRIBUO PARA A DEGRADAÇÃO DA NATUREZA".

O quero dizer é que quando o problema deixa de ter proporções globais e passa a ter proporções individuais, então os elementos que corroboram para sua existência, são evidenciados.
Ora, se passássemos a avaliar os problemas de nossa sociedade, desde sua origem, e atribuindo a cada indivíduo, a responsabilidade por cada um deles, certamente, iríamos perceber que é muito mais uma questão pessoal do que social.
Particularmente penso como Weber, que se contrapunha às ideias de Marx, assumindo que a sociedade não é apenas uma “coisa” exterior e coercitiva que determina o comportamento dos indivíduos, mas o resultado de inúmeras interações interindividuais.
A sociedade não é aquilo que pesa sobre os indivíduos, mas aquilo que se veicula entre eles.
Vamos parar de culpar o "todo", a sociedade, a igreja, a polícia, o crime, a corrupção... Façamos uma avaliação sincera e profunda a partir de nós mesmos, pra que em seguida, possamos observar o que nossas ações INDIVIDUAIS, podem causar em CONJUNTO.

Certamente dessa forma, seremos menos hipócritas, menos alheios, menos subjetivos e muito, muito mais HUMANOS.

Sempre, Top of the pops.

3 comentários:

  1. Okay, concordo em termos com seu ponto de vista. Ora se a sociedade não tem poder de influencia sobre cada individuo, então é hipocrisia dizer que seguimos tendencias...

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  2. Eu acho que é bem por aí mesmo Rachel, se todos passássemos a perceber que nem todo problema é digno de pena, daí seria muito mais fácil minimizar as desiguadades que muitas vezes desencadeiam da falta de interesse de muitos, em tornar a máquina administrativa brasileira mais eficiente. Gente que se acomoda e exige cada vez mais beneficios do Governo.

    Enfim.

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  3. Dificil encontrar posts assim em blogs por ai viu!

    Arrasou na colocação menina. Faço Sociologia e sou totalmente DE ACORDO com o seu ponto de vista.

    Karl Marx Foi mesmo o grande hipócrita da sociologia... Apesar das contribuições...

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